quinta-feira, 22 de março de 2012

com moderação...

O que começou como encantamento por seus atributos físicos dignos de deus grego entrou num processo de mutação cujo produto final segue um completo mistério para mim. Sem que eu percebesse, estávamos entrelaçados um ao outro energeticamente, nutrindo-nos com olhares que vinham desde bem fundo de nós. E, também sem que eu me desse conta, aquele frisson causado pela beleza de suas superfícies já não era recorrente. Rotulei, então, "desencanto", como foram tantos outros, e contentei-me com a chegada esperada do fim. Só então se revelou para mim um sentir distinto, algo absolutamente inefável que me confundiu em demasia. Percebi que o desejo antes puramente carnal havia aberto espaço para uma vontade possante de... de... descobrir quais carimbos ele tem marcado no passaporte ou quais matérias está fazendo este semestre ou alguma lembrança boba de sua infância. Assim, abriu-se um novo capítulo neste eterno livro que é a descoberta dos amores que se há de viver em uma vida: o amor moderado. E, por incrível que pareça, me assusta mais do que uma paixão arrebatadora. Vou ver como funciona...

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