quinta-feira, 18 de outubro de 2012

european redneck

I've got a cigarette hanging from my mouth as I stare at you, who won't even realize it, so absolutely immerse in whatever it is you're doing - I try to snoop in your business by seeking the reflections on your glasses, but fail to do so.
You're smoking as well, but you're not like me, no. You inhale in much more aristocratic manners and the cigarette you're holding is a delicious mix of herbs wrapped by corn chaff.
And I keep on looking, 'till the waves on your hair starts mixing with the circles of smoke you got around you and the spirals of bad decisions you take.
There's nothing I'd rather watch instead.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

trecho de uma mensagem para mi Morocha

(...)

Já faz algum tempo desde que comecei uma reflexão acerca da pequeníssima quantidade de tempo que dedico a mim mesma. Só a mim, a saciar meus desejos e curar minhas ânsias. É pouco o tempo e muita a gente à minha volta. De forma alguma isso é uma coisa ruim; longe de mim não querer esses amores florescendo minha existência. No entanto, sinto como se houvesse um ruído constante entrecortando meus pensamentos. Preciso muito estar só para começar a alinhar o que há dentro de mim. Morocha do céu, haja alinhamento para essa desordem começar a se desfazer em calmaria. Haja limpeza debaixo dos tapetes que passei tanto tempo usando como esconderijo para as coisas que queria fora do meu campo de visão. Sinto mais do que nunca que é hora de abrir meu peito. Deixar fluir, deixar passar. Aliviar um pouco do peso que sempre carreguei como troféu - tantos corações partidos, tantos quereres que não passaram de vontades frustradas, um tanto de tudo que já me causou muito pesar, mas que perdoei porque também me causou muita inspiração. Só que meu objetivo agora, Morocha, é correr cada dia mais rápido, e só é possível fazê-lo sem correntes nos calcanhares. A solidão sobre a qual lhe conto é esta que vem junto com a mais intensa das sensações de liberdade.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

tchaô

Não importa quanto tempo vá ficar fora, sempre levo comigo o suficiente para estar bem em qualquer lugar, sem nunca precisar voltar. Não importa se Alaska ou caatinga, tenho comigo de casaco de neve a um par de biquíni. Não importa se há uma cama à minha espera ou se somente nos é permitida a estada na área do quintal, o saco de dormir me acompanha.
Acabo de preparar a mala que estará comigo pelos próximos dias: umas vestes, Malba Tahan e Roberto Freire, câmera fotográfica instantânea, sanduichinhos e barras de cereal, ervas, páginas em branco e canetas, sandálias japonesas, vinho, rede... Não sobrou lugar para neura dessa vez.
Daqui a umas poucas horas partirei e não há sensação melhor para esta sagitariana que vos fala do que ir embora. Mesmo que seja para perto. Por pouco. Pra voltar. A verdade é que me encantam os não saberes do caminho e isso que chamamos - carinhosamente ou não - de lar está recheado de mais do mesmo. Me deixa. Deu pra ti.
"Eu vou mas volto", lhe digo isso porque parece que é só assim que tu me deixas ir, em Brasília.



## Falta coesão neste escrito. O problema (ou não) é que depois de uma seca de inspiração, sofro agora de um tsunami de informações, ideia e querências clamando por tornar-se um algo. Então vem ideia vai ideia vem ideia vai ideia e não sei qual é a mídia certa. Fui de laptop a máquina de escrever, passando por papel e caneta, me parece tudo errado, eu devia era dormir.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

extract of When Love Arrives, by Sara Kay and Phil Kaye.

"(...) Do not forget this: love is not who you were expecting, love is not what you can predict. Maybe love is in New York City, already asleep; you are in California, Australia, wide awake. Maybe love is always in the wrong time-zone. Maybe love is not ready for you, maybe you are not ready for love. Maybe love just isn't the marrying type. Maybe the next time you'll see love is 20 years after the divorce: love looks older now, but just as beautiful as you remember. Maybe love is only there for a month. Maybe love is there for every firework, every birthday party, every hospital visit. Maybe love stays. Maybe love can't. Maybe love shouldn't (...)

When love arrives, say: 'Welcome, make yourself comfortable.' If love leaves, ask her to leave the door open behind her. Turn off the music, listen to the quiet. Whisper: 'Thank you for passing by'."