terça-feira, 6 de setembro de 2011

pra que gritar?

Ar, muito ar. Janelas abertas deixando o vento entrar. Pulos de paraquedas. Bungee jumping. Peças de roupa jogadas aleatoriamente nas areias brancas de uma praia sem ninguém. Caminhadas sem fim montanha acima. E montanha abaixo. Falta de destinação final, uma passagem com data em aberto. Um pouco mais de ar. Cheiro de incenso e cigarro e sexo. Cada parede ao meu redor, um espelho. Dormir a hora que der vontade. Sofrer de privação de sono. Jogar. Uma cama grande o bastante para que duas pessoas a compartilhem, mas pequena demais para que elas necessitem estar abraçadas durante toda a noite. Cada parede ao meu redor, um grande pedaço de tecido. Mais litros de chá do que alguém poderia tomar em toda uma vida. Trabalhos de arte inacabados. Simetria e a falta dela. Cadáveres de borboletas nos limpos corredores brancos. Uma eterna inquietação. "Um cárcere com as portas abertas". Amor. Um par de asas gigantes e multicoloridas. Cada parede ao meu redor um balão de hélio, mantendo todo aquele mundo em suspensão, bem lá no alto.

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