segunda-feira, 13 de maio de 2013

privação de sono

O céu tem uma cor arroxeada que não vejo com muita frequência; amanhece. Ser notívago que sou, geralmente não acordo tão cedo para presenciar essa coloração do firmamento. No entanto, não consegui fechar meus olhos um segundo sequer esta noite. Trinta mil pensamentos me invadiam a cabeça a cada pequena tentativa, acompanhados desse rascunho de taquicardia que me é tão familiar. É um desassossego sem jeito esse, viu?



Não sei de onde veio. É sempre difícil saber de onde vem.



Só sei que minhas têmporas doem e meu corpo pede arrego. Já não tenho mais força alguma para dar voltas dentro de minha cabeça... e o céu já azul bem claro promete que um sol tremendo vai impedir meu sono REM.

São estes os momentos mais perigosos. Nestas horas, todos os sentimentos afloram de maneira - - - fiquei em dúvida se usar intensa (me parece óbvio) ou insana. É, fico com insana. O que sinto se manifesta de um jeito nada saudável. A gravidade exerce seu peso sem clemência alguma e não há chão que comporte meu peso. Sigo em queda-livre terra adentro.


Desejo que o desfecho desta queda seja, como sempre, um abrupto despertar para uma realidade outra. Neste caso, excepcionalmente, que essa existência seja um universo onírico de textura aveludada e cheiro de frutas cítricas.

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