Há tempos senti vontade e lhe disse:
- Te amo e não quero que tenhas medo de meu amor. Ele não pertence a ti, nem deseja lhe prender. Ele é meu e seu objetivo é multiplicar-se cada vez mais.
Foi assim que lhe causei um belo vendaval dentro de si. Meu chamo não sabia receber amor assim. Tinha engessado seu conceito de amar. Por alguma razão, sua afetividade vinha recheada de medo.
Desde essa primeira expressão de meu sentir por ele, muito aconteceu; meses se foram, ele mudou-se de continente, eu estive em camas diversas. Tornamo-nos mais cúmplices a cada minuto e a distância física significou quase nada entre nós. Seguimos crescendo juntos, criando espaço um para o outro nos caminhos que trilhamos separados.
Dia desses, voltei a provocar-lhe os nervos. E não é que mesmo tendo provado a verdade contida nesse querer bem, meu gatito ainda age como se fosse escaldado? Depois de ser mimada por ele com palavras doces, lhe agradeci da maneira mais genuína que encontrei:
- Ah, querido... te amo.
- Creio que toda vez que ouvir isso ficarei assim: vermelho como um tomate!
- Pois acostuma-te com meu amor, que não penso em deixar de amar-te tão cedo...
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