Ele andava de pés descalços, cabelos presos. Um leve sorriso lhe aparecia no rosto entre uma frase e outra. Estava sem camisa e era todo um Adônis que cozinhava para mim. Eu me apoiava no balcão e lhe observava os movimentos. Sua leveza e sua beleza eram tamanhos que fui obrigada a rimar.
Não consigo me lembrar quanto tempo durou este olhá-lo cortar cebola, temperar molho, contar-me histórias. Só me lembro de pensar que o tom de sua voz me adentrava os ouvidos como um veludo, fazendo-me carinho e cócegas sem que ele me precisasse tocar.
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